quinta-feira, 22 de maio de 2008


>SER MANÉ DA ILHA É... >

> Para ser um verdadeiro Mané tu precisas preencher, pelo menos, 80% >dos requisitos abaixo enumerados, caso contrário não adianta receber
>troféu de Mané e nem freqüentar o Mercado Público todos os dias por >cinco anos seguidos, muito menos, morar no Ribeirão da Ilha e se >esforçar para falar com sotaque manezês.
Para ser um autêntico Mané tu >precisas, ô istepô: > > >

01) Antes de qualquer coisa, ter nascido na Ilha de Santa Catarina, >seja na Carmela Dutra, na Carlos Correia ou mesmo de parteira, ou no >continente (leia-se Estreito, ou em puro manezês Streitcho).

Não >adianta vir com essa história que nasceu fora e veio morar aqui >pequenininho; >


> 02) Falar manezês fluente, tão rápido que deixa o cristão que te >ouve meio tanso;


> > 03) Falar 60% das palavras no diminutivo (Vais querê um cafezinho >com pãozinho ou com bolinho de > chuva?); > >


04) Gostar do cheiro das bancas de peixe do Mercado Público. Nada >de tapar o nariz pra comprar > camarão; > >


05) Ter assistido um Avaí e Figueirense no Adolfo Konder e, de >preferência, ter fugido com a bola quando > essa era chutada pra fora do campo; > >


06) Ter, pelo menos uma vez na vida, subido a Avenida Tico-Tico >(Rua Clemente Rôvere);



> > 07) Ter ajudado a fazer ou ter dançado no boi de mamão; > >


08) Ter participado da farra do boi ou, pelo menos, ter fugido em >carreira, todo borrado com medo do > pobre animal; > >



09) Ter se vestido de mascarado e corrido atrás das raparigas nas >noites de verão; > >


10) Ter tomado banho na Lagoa da Conceião sem medo de pegar pereba; > >


11) Ter comprado empadinha na Confeitaria Chiquinho; > >

12) Ter tomado picolé de coco, sorvete de butiá ou Beijo Frio nas >sorveterias Satélite, Ilhabela ou Barão; > >

13) Ter saído em bloco de sujo no carnaval, vestido de mulher e >continuar gostando de rapariga; > >


14) Ter guardado no rancho: caniço, tarrafa, puçá, coca, jereré e >pomboca ("Prá mó di pega uns sirizinho, > uns camarãozinho, uns peixinho..."); > >


15) Ter comprado na Venda: bala azedinha; pé de moleque; >quebra-queixo;Maria mole,pirulito açucarado em forma de peixe, Bala >Rococo, Tablete Dalva, Guaraná Pureza um copo de groselha (grosel) ou >refresco da Max William. > >


16) Acreditar em bruxas e ter ouvido pelo menos uma história de >Franklin Cascaes; > > 17) Ter assistido na TV Cultura um filme na Poltrona 6 e, para as >senhoras, o programa "Celso e a > Sociedade" (a Metralhadora Platinada); > >

18) Entender tudo o que o Miguel Livramento fala; > >

19) Não aceitar nada do que o Paulo Brito diz; > >


20) Tentar descobrir para qual time da Capital o Roberto Alves >torce e não acreditar naquela história de > que ele ainda é torcedor do Paula Ramos;


> > 21) Ter ouvido o programa do Jorge Salum e ter tentado ganhar uma >caixa de maçãs respondendo > perguntas sobre conhecimentos gerais; > >


22) Sentir enorme prazer ao comer uma boa posta de tainha frita, >com "pirão de nailo", ou então, aquele > berbigãozinho ensopadinho derramado sobre um pirãozinho de feijão; >


> 23) Ter curtido um baile de carnaval no Lira, no LIC, no Doze ou no >Limoense; > >


24) Ter assistido desfile de escola de samba e de carro alegórico >ao redor da Praça XV; > > 25) Ter participado de alguma turma da cidade (do muro da Mauro >Ramos, do Quiosque, da Marquise etc) > >

26) Ter dado um tapa na orelha do César Cals na Novembrada e ter >chamado o General Figueiredo de .... > (Tu sabes o que); > >


27) Defender a mudança do nome da Cidade para Nossa Senhora do Desterro; > >


28) Ter passado pela Ponte Hercílio Luz e não entender a >incompetência de nossos governantes que até > agora não conseguiram recuperá-la; > >


29) Ficar horas no Ponto Chic, tomando cafezinho e discutindo sobre >política, futebol e mulher (não > obrigatoriamente nessa ordem); > >


30) Ser Figueirense e secar o Avaí; > > 31)


Ser Avaí e secar o Figueirense; > >


32) Falar mal de qualquer árbitro que apite um Clássico; > >

33) Ter andado em ônibus da Empresa Florianópolis, Limoense, Taner >ou da Trindadense; > >


34) Ter ouvido a Neide Maria Rosa no"Amarelinho"; > >


35) Ter comprado um bilhete de loteria federal da Lurdes (com >redinha na cabeça e tudo); > >



36) Ter chorado a morte do Zininho e do Aldírio; > >


37) Ter conhecido o Bataclan, o Gogóia (esse pouca gente se lembra, >era da Figueira); > >


38) Ter ouvido as histórias do Capa Preta; > >


39) Ter ouvido previsões do A. Seixas Neto > >


40) Ter freqüentado, ou apenas conhecido, o Miramar e lamentar, >profundamente, a burrice daqueles que > permitiram a demolição de um dos principais marcos culturais >na nossa cidade; > >


41) Ter entrado como "piru de fora" em festa de 15 anos, baile de >debutante ou casamento de "granfino"; > >

42) Ter comprado na Modelar, no Ponto 75, na Grutinha (êta nome >sugestivo); nas Casas Coelho; na A > Capital; nas Casas Macedônia; no Beco; no Saco e Cuecão; na >Aki Calças e Aki Camisas e, é > lógico, na Miscelânia, que era o paraíso da criançada. > >

43) Ter assistido, na sessão vespertina, um filme no Roxy, no São >José, no Ritz, no Glória, no Jalisco, no > Carlitos ou no Cecontur; > >


44) Ter assistido peça teatral no Álvaro de Carvalho; > >


45) Ter visto carnaval com o Rei Momo Lagartixa; > >


46) Ter "melado a cueca" na boate do Doze, do Lira, na Dizzy etc; > >


47) Ter dado "uma sarradinha" de madrugada no "Kuxixos"; > >


48) Ter ido a um baile de formatura no Clube do Penhasco; > >


49) Ter ouvido muitas histórias dos bailes no Clube Quinze; > > 50) Ter visto a procissão do Senhor dos Passos descer a Rua Menino Deus; > >


51) Se emocionar ao ouvir o Rancho de Amor à Ilha e cantar baixinho >como se fosse uma oração; > >


52) Reverenciar todas as manhãs a Figueira da Praça XV e ter nela o >marco inicial do amor que temos > por nossa terra; > >


53) Adorar vento sul; > >

54) Amar o verão, pegar tainha no inverno, ver Garapuvu florido e >rezar a Nossa Senhora do Desterro > pedindo proteção para que o progresso desordenado não >destrua nossos últimos valores. > >


Esta lista, com certeza, pode ser muito maior, entretanto nunca te >esqueças, caro leitor, que cada dia que passa é mais urgente o resgate >e a preservação de nossa cultura e, assim como é bom receber pessoas >vindas de tantas partes do Brasil e do mundo, também é importante a >manutenção de nossa identidade cultural. > >


Ser Mané é saber receber bem quem vem de fora, mas também é saber >valorizar as coisas daqui. É defender nossa cultura daqueles que nos >acham inferiores ou provincianos.

> > Todo Mané tem uma incrível capacidade de amar e de ser gentil, >então se tu és Mané ames cada vez mais a nossa Terra e se tu és de >fora aprendas a amá-la e, acima de tudo, a respeitar nossa forma de >ser. > >

Afinal de contas, "se qués qués se não qués diz". "Ólho, lhó, lhó. >. .


"Seu manezinho istepô e mandrião"! >

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